Os três tipos de tesouros

Estou estudando para o exame de budismo que irá acontecer no dia 21/03 e entre o material selecionado para estudo está o Gosho “Os três tipos de tesouro” de Nitiren Daishonin

“É raro nascer como ser humano. O número daqueles dotados com vida humana é tão pequeno quanto os grãos de terra que podemos pôr sobre a unha. Viver  como ser humano é difícil – tão difícil quanto o orvalho permanecer sobre a grama. No entanto, é melhor viver um único dia com honra do que viver 120 anos e morrer na desgraça. Conduza sua vida de maneira que todas as pessoas de Kamakura* o elogiem e digam que Nakatsukasa Saburo Saemon-no-jo é diligente em servir ao seu lorde, em servir ao budismo e em suas consideração pelas outras pessoas. Mais valioso que o tesouro do cofre é o tesouro do corpo, e o tesouro do coração é o mais valioso de todos. A partir do momento em que ler esta carta, esforce-se para acumular o tesouro do coração!”

Este gosho deixou uma lição profunda, pois hoje em dia justificamos atos nem sempre dignos de orgulho em prol de alcançar um resultado, com a justificativa de que o fim justifica os meios.  Cultivar o tesouro do coração é um trabalho de dia a dia, de reflexão sobre as situações cotidianas, pois ainda estamos longe da perfeição, mas podemos todos os dias da nossa vida aprender e praticar cada vez mais a atuar na história de vida das pessoas que convivem com a gente de maneira a ajudá-las a ser feliz e principalmente, agir com retidão,  justiça e honra.

*Kamakura  - Pólo político e administrativo do Japão na época de 1277